O que diz a Pedagogia Waldorf sobre a televisão e a mídia?

Frases retiradas do livro A PEDAGOGIA WALDORF – Caminho para um ensino mais humano:

"...ao invéz de nos trazer o mundo real, a televisão traz ao espectador uma imagem de mentira, numa luz irreal e dentro de um espaço falso, com pseudomovimento, com um som de mentira, e tudo isso num tempo igualmente falso. Podemos facilmente imaginar as consequências desastrosas para a fantasia e para o entrosamento da criança no mundo se ela for submetida durante várias horas por dia a essa avalanche de falsas impressões. E notem bem: apenas duas horas por dia significam, em doze anos, um total de quase nove mil horas. Nove mil horas!"

"Quase todos os canais de televisão pertencem a empresas que evidentemente, querem obter lucro, e este advém da propaganda comercial. Ora, o interesse do comerciante ou de uma indústria em fazer publicidade por intermédio de um determinado canal de televisão depende, evidentemente, da quantidade de pessoas que podem ser atingidas. Em outras palavras, as estações têm, necessariamente, interesse em captar a atenção do maior número de pessoas, desviando-a de outras estações. A audiência é constantemente controlada por meio de pesquisas, estatísticas, etc. Pois bem: como é que se consegue uma audiência numerosa? Certamente não será exigindo dela um esforço mental ou moral. O processo mais fácil para conseguir uma grande audiência é apelar aos instintos mais vulgares da massa e solicitá-los por seu lado mais baixo, no ponto onde o ser humano opõe a menor resistência."

"...as crianças constituem um enorme público comprador em potencial. As crianças de hoje serão os adolescentes de amanhã, e os adolescentes constituem uma enorme massa consumidora."





(Fonte: www.youtube.com).

2 Response to O que diz a Pedagogia Waldorf sobre a televisão e a mídia?

16 de setembro de 2010 às 12:06

Um ensino mais humano certamente não passa por uma postura generalizadora das coisas.
Afirmar que a "televisão traz ao espectador uma imagem de mentira" é de um radicalismo tão ingênuo quanto o do outro, que acredita no veículo piamente.
Mais especificamente, culpabilizar as emissoras de TV no mundo, sim porque este trecho citado é generalizador, pela educação de péssima qualidade, via de regra, a que nossas crianças estão submetidas, é minimizar a presença e a interferência dos pais no universo educacional da criança, e superestimar o poder "maquiavélico" das TVs mundo afora.
Evidentemente, a qualidade da TV no Brasil e em muitas partes do mundo, sobretudo, em nosso caso, nos canais abertos, é questionável. No entanto, não podemos ignorar o poder de penetração da TV como veículo de comunicação e de divulgação de produções audiovisuais independentes, materiais que são exibidos diariamente em canais comunitários e universitários.
Se por um lado apontamos à exaustão o valor alienatório da TV. Esquecemos da possibilidade de se revolucionar a educação pelo olhar televisivo, ainda o principal veículo audiovisual para a grande maioria dos brasileiros.

13 de janeiro de 2013 às 03:16

Olá a todas/os leitores,
O livro "Pedagogia Waldorf -- caminho para um ensino mais humano" é bem anterior ao uso atual da Internet, e não cobre os terríveis problemas que ela trouxe para o humanidade, especialmente para crianças e jovens. Vejam-se artigos em meu site para uma atualização, como por exemplo
http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/efeitos-negativos-meios.html
que contém citação literal de mais de uma centena de artigos científicos mostrando como os meios eletrônicos são prejudiciais para crianças, adolescentes e adultos. Eles exigem muita consciência para serem bem usados.
Em particular, Alex, a TV não tem efeito educativo. Seu uso na escola JAMAIS deu certo. Ela não é um bom veículo de informação e de comunicação, pois por sua própria natureza coloca os telespectadores normalmente em estado de sonolência, semi-hipnótico, como foi provado por pesquisas neurofisiológicas. Por isso ela tornou-se o veículo ideal para o condicionamento -- daí o casamento perfeito entre ela e a propaganda, como mostro em meus artigos (ver em meu site, de endereço abaixo). Os efeitos negativos da TV não dependem do programa. Aliás, para serem atrativos todos os programas têm que ser ou violentos, ou eróticos, ou do tipo show: agitados, com exageros de cores etc. Por causa da TV, a vida toda virou um grande show imediatista. A educação não é um show, exige tempo, calma e repetição.
Acima de tudo, Alex, não há a mínima necessidade de se ver TV. Eu não vejo, nem meus 7 netos (de 1 a 16 anos) veem.
aaaaaaaaaaaa, VWS
www.ime.usp.br/~vwsetzer

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